Tripés & Cia: O acessório essencial!


Recentemente comecei a utilizar a nova Tamron SP 150-600mm G2 nas saídas de campo para fotografar Vida Selvagem. 
Numa dessas saídas, surgiu a ideia deste artigo. Isto porque, quando saímos para o terreno (entenda-se montes) com equipamento fotográfico e temos de percorrer alguma distância a pé por terrenos íngremes e acidentados, o peso conta. Por isso, lembrei-me de comparar o peso deste novo modelo com o anterior a que já estava acostumado. 
Considerando que na actual versão "G2"  (A022) dispensamos a sapata de tripé (no caso de utilizar-mos o sistema "Arca Swiss"), em termos básicos, a diferença é de 1.951g -1º modelo (A011) para 2.010g - G2 (A022). Uma diferença, portanto, de apenas mais 59g neste novo modelo que, se contabilizarmos a desnecessidade de utilizar sapata, poderá traduzir-se, até, em menos peso final do que o modelo antecessor.


Portanto, com esta mais recente Teleobjectiva não noto diferenças quanto ao peso mas, tal como já acontecia anteriormente, muitas vezes, aproveitando o facto das actuais longas Teleobjetivas proporcionarem uma eficaz focagem automática e possuírem um bom sistema de estabilização de imagem, utilizo-as apenas a punho ou com monopé.
No entanto, essa "técnica" mais preguiçosa  de sair para o terreno possui vantagens e desvantagens...
Um dos motivos porque às vezes prescindo da utilização do tripé tem a ver com a portabilidade  e peso. Não raras vezes, aventuramo-nos por caminhos por desbravar no meio dos montes e o nosso equilíbrio e resistência facilmente se perdem após alguns metros com obstáculos... Ainda há pouco tempo me lembro de ter ficado "atolado" enquanto escolhia o melhor sítio para fotografar... e, nessas circunstâncias, estar "carregado" não ajuda nada... Para dar uma ideia, o conjunto apresentado na imagem tem o peso total de 6,800g! Tal como disse, pode não parecer muito (e até nem é quando saímos com ele) mas, passados alguns minutos....
Mas, este artigo visa precisamente incentivar a utilização deste insubstituível auxiliar de estabilização. 
Aliás, os tripés servem para muito mais que isso. No terreno acabamos por nos cansar menos quando paramos e escolhemos o local onde vamos "assentar" para fotografar.   
Depois, o facto de não necessitarmos de estar somente concentrados em não "tremer" as fotografias, permitem-nos focar e escolher o enquadramento com muito mais ponderação e exactidão.
Em situações de cenários estáticos ou mesmo de animais momentaneamente parados, podemos utilizar valores de obturação e de sensibilidade ISO mais baixos. 
A focagem fica, também, beneficiada pela estabilização conferida pelo tripé e, consequentemente, as nossas fotografias ficam mais nítidas e com mais recorte. Enfim, são várias as vantagens.



Dito isto, porque não falar, então, um pouco acerca da escolha dum tripé?!

Existem para todos os preços, tamanhos, tipos...e pesos! Então qual o melhor?
Bom... depende... Basicamente das nossas necessidades e do tipo de fotografia que fazemos. Um bom tripé para um determinado fotógrafo pode não ser necessariamente a melhor opção para outro.



Mas, antes de mais convém saber, independentemente disso, que um bom tripé vai ser obrigatoriamente caro! Mesmo assim, pessoalmente, tenho sempre aconselhado a quem me pergunta acerca da aquisição dum tripé pela escolha de um modelo fiável e... caro. A razão é simples: Gasta-se dinheiro apenas uma vez! E, quanto a isto, certamente muitos fotógrafos estarão solidários com esta verdade pois aprende-se com o tempo...
Um bom tripé satisfará as suas funções convenientemente e vai durar anos! Um mau tripé vai, passado pouco tempo, fazer ansiar pelo Natal (que está próximo) e por que alguém se lembre de oferecer um melhor...!
O tripé que utilizo em exteriores (Manfrotto 055XPROB - na foto do topo deste artigo) já tem uns bons anos  e tem-se mantido sempre 100% funcional, motivo pelo que não tenciono ainda substituí-lo! É um tripé relativamente versátil pelo que, com as suas 3,700g de peso (c/Gimbal - Protótipo MD1), tanto pode ser utilizado em interiores como em exteriores.
Ao lado: Outros dois exemplos de Tripés. O de cima, o velhinho mas ainda funcional Manfrotto 028. Duma robustez e estabilidade ímpar apenas o utilizo em Estúdio... o motivo? 5.600g de peso (c/cabeça Manfrotto 468MGRC2)! 
Mais abaixo um exemplo do género de Tripé que devemos evitar... O First moonlight (penso que este modelo já foi descontinuado). Sem dúvida, extremamente acessível mas sem qualquer robustez ou precisão.  A única vantagem que vejo, está no seu pequeno tamanho e peso (900g). Apenas pode ser utilizado com câmaras leves e, mesmo assim, não estabiliza eficazmente... Todavia, serve (e bem) para acoplar um Flash externo de apoio à iluminação existente quando tal é necessário no Estúdio! 
Todavia, não quer isto dizer que se escolhermos o modelo mais caro e mais resistente ficaremos bem servidos. Nada disso! Em complemento do que já acima referi, o que se deve, previamente, é estudar qual o tipo de tripé (e, já agora, cabeça de tripé) que se adequa e é o melhor compromisso para utilizar com o equipamento que temos e que vamos usar, designadamente o seu peso e, ainda, do tipo de fotografia que fazemos.


Por exemplo, o conjunto apresentado na imagem do topo - tal como está - é bom para fotografia de natureza, em especial Avifauna, mas já não é tão apropriado para fotografia de paisagem. 
No entanto, comprando um bom tripé usufruímos da flexibilidade de trocar de cabeça, por exemplo, Gimbal (imagem da esquerda) para rótula (imagem da direita)
(Na sequência do que acabo de dizer, e já vamos nas cabeças de tripé, aproveito para deixar aqui este parêntesis e informar que, na minha perspectiva, as cabeças de rótula são aquelas que acho mais versáteis e polivalentes pelo que deverão ser a primeira escolha para quem vai dar ao tripé uma utilização generalista e não pretenda onerar mais o seu orçamento com a aquisição doutra em complemento. No entanto, para utilização com as grandes e pesadas Teleobjectivas as cabeças Gimbal são imbatíveis pela suavidade e precisão que propiciam).  
Voltando, mais uma vez, a uma prespectiva pessoal, há variadíssimos anos que optei pela marca Manfrotto pela versatilidade e relação preço/qualidade. A marca possui inúmeras combinações possíveis e, inclusivamente, tem um site com um "configurador" que permite, passo a passo aferir do modelo e cabeça que mais se adequa às nossas necessidades. Podem aceder ao dito site através do link: Manfrotto Configurator



E, depois dos Tripés e das cabeças de Tripé, passámos para os sistemas de engate rápido...



Uma das vantagens da escolha dum bom Tripé reside, também, na facilidade de colocação e libertação da câmara/objectiva do mesmo através das placas (sapatas/bases) de engate/libertação rápida.
Consoante as marcas, existem vários modelos. Em cima estão aqueles que utilizo e que são os mais vulgares:
  • O sistema "Arca Swiss" - simples e fiável. Dependendo do comprimento da placa permite procurar o melhor posicionamento e equilíbrio da câmara no tripé
  • O sistema "RC2" da Manfrotto - rápido e seguro. Este sistema utiliza as pequenas, mas seguras, placas de engate rápido PL 200. Não permite ajustes.
  • Os tripés mais simples e acessíveis não possuem sistemas de engate rápido. A colocação da câmara no Tripé é feita enroscando directamente a câmara no Tripé. Sistema demorado e muito pouco prático...
E, pronto, cá ficam lançadas mais umas ideias... ou confusões...!

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